Fissura anal
Dentre as doenças que atingem o canal anal, a fissura anal é uma das mais frequentes e certamente uma das mais dolorosas.
Ilustração de uma fissura anal agudaA queixa principal dos pacientes com fissura anal costuma ser de dor em queimação durante a evacuação e por alguns minutos após a mesma, podendo permanecer com desconforto por até 4 horas. A dor é tão forte que o paciente pode evitar a defecação por dias a fim de evitar o desconforto, agravando a constipação já existente e, assim, perpetuando o quadro.
Outra queixa frequente é a de sangramento, que pode ser na forma de sangue vivo, mas normalmente de pequena monta. Também pode ser observado leve secreção e coceira local. Com a cronificação do quadro até o caminhar pode tornar-se doloroso.
O diagnóstico da doença consiste basicamente no exame do local. Na fissura aguda, o que se observa é uma pequena fenda superficial com vermelhidão local e fácil sangramento. Nos casos crônicos observa-se lesão ulcerada de bordos bem definidos.
Classicamente, o tratamento da fissura anal inclui implementação de fibras na dieta a fim de evitar a constipação, a realização de banhos de assento com água morna, evitar o uso de papel higiênico, fazer a higiene utilizando água e sabonete neutro e uso de medicações tópicas.
Nos casos de dor intensa, fissuras crônicas ou falha dos tratamentos conservadores, a cirurgia está indicada. A cirurgia é realizada de forma ambulatorial e a cura é obtida em até 95% dos casos.